Mercado das healthtechs: cenário atual e principais desafios

As healthtechs estão ganhando cada vez mais espaço no mercado, e isso tem chamado a atenção de investidores e empreendedores. Elas representam a tecnologia aplicada à saúde e bem-estar, e abrangem um vasto campo de produtos e serviços. Desde dispositivos médicos inteligentes até plataformas digitais de saúde, as healthtechs estão mudando a forma como nos cuidamos.

No Brasil, o último levantamento consolidado da Associação Brasileira de Startups (ABStartups) revelou que o setor já movimentava cerca de US$ 1,2 bilhão ano (referência de 2018). De lá para cá o número de healthtechs não para de crescer. A cada ano novas soluções chegam ao mercado impulsionadas pelas próprias demandas do setor e pela potente transformação digital na saúde impulsionada pela pandemia de covid-19. Essas startups têm como objetivo desenvolver soluções inovadoras para o setor de saúde, seja na área da prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, além de provocar importantes mudanças na atuação do profissional de saúde, dos gestores e de todo o mercado.

No Brasil, ainda há um longo caminho a percorrer para que o mercado das healthtechs alcance seu pleno potencial. Mas já é possível encontrar algumas empresas interessantes nesse segmento, com produtos e serviços inovadores que podem transformar significativamente a forma como os brasileiros cuidam da sua saúde.

Uma pesquisa recente da Liga Ventures em parceria com a PwC Brasil mostrou que o número de healthtechs no país aumentou 16,11% entre 2019 e 2022.  Denominado “Evolução das startups no setor de saúde”, o estudo analisou a inovação nesse mercado com foco nas soluções de startups entre 2019 e 2022.

Outro levantamento do site Distrito apontou que o país já pode contar com 747 healthtechs distribuídas por diferentes segmentos distintos. A maior parte delas, segundo o estudo, é voltada para a gestão de prontuários eletrônicos (cerca de 25%), seguida de soluções para o Acesso á informação (16,7%) e marketplace (12,6%).

Desafios e incentivos:

É inegável a importância que as startups de saúde tem não apenas para o mercado de saúde como também para toda a sociedade. Em todas as esferas, somos impactados positivamente quando uma nova solução é apresentada como alternativa para a correção de problemas que dificultam o acesso à saúde.  

Nesse sentido, as healthtechs surgem, muitas vezes sem nenhum incentivo, e ofertam ao mercado e à sociedade essas soluções e novos modelos de acesso à saúde suplementar e etc. É importante também ressaltar que o ecossistema de startups é forte e dialoga entre si criando serviços e soluções complementares que se fortalecem e geram um ambiente favorável à expansão e crescimento.

Apesar disso, os desafios são muitos. A começar pela falta de uma legislação específica que incentive a inovação na saúde e ajude empresas do setor a abraçarem essas soluções e promover iniciativas de fomento.

O marco legal das Startups, nome dado à Lei Complementar nº182, é a primeira importante conquista para as startups brasileiras. A PL, sancionada em junho de 2021, instituiu a criação de um ambiente favorável para abarcar o surgimento e o crescimento de novas startups, independentemente do setor.

 

 

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