A crise na saúde não é um problema recente no país. Nos últimos anos, contudo, o problema do acesso à saúde no Brasil ganhou mais alguns agravantes, em partes, por causa da crise financeira desencadeada pela Pandemia de Covid-19.
Nos últimos 24 meses o número de pessoas que perderam seus convênios médicos, ou seja, tiveram que abrir mão do plano de saúde, foi de quase 2,6 milhões de pessoas. Isso ocorreu não apenas aos reajustes das operadoras, mas também porque o índice de pessoas desempregadas ou subempregadas no país cresceu significativamente, elevando também os índices de endividamento e desestimulando o consumo de bens até então considerados essenciais, como é o caso do plano de saúde.
Com menos pessoas podendo recorrer às operadoras de saúde, naturalmente teremos mais pessoas recorrendo ao sistema público de saúde. O problema é que o aumento no fluxo de pessoas em um sistema que já vinha sofrendo com alta demanda e recursos muitas vezes insuficiente, provocou um ciclo ainda mais desafiador para os gestores e colocou muitas partes desse sistema à beira de um colapso.
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Os problemas do acesso à saúde no Brasil mais comuns, e, geralmente os que são mais facilmente percebidos, são:
- Superlotação de unidades de pronto atendimento.
- Falta de medicamento nas farmácias do sistema.
- Falta de insumos básicos para atendimento.
- Aumento na demanda por atendimento nas unidades básicas de saúde.
- Aumento na demanda por consultas especializadas (dificultando ainda mais o acesso para quem precisa do atendimento de um médico especialista).
- Aumento na fila de espera por procedimentos de média e alta complexidade. O acesso às cirurgias tende a ficar ainda mais difícil dependendo do caso e do estado de saúde do paciente.
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Porque o acesso à saúde no Brasil é tão difícil?
Garantir saúde de qualidade com igualdade, equidade e universalidade (princípios promulgados na Lei 8080 que instituiu o Sistema Único de Saúde) é um objetivo muito complexo se considerarmos um território tão vasto e com tanta diversidade quanto o brasileiro. Além disso, apesar de ser um sistema único, o sistema de saúde brasileiro não é totalmente unificado.
Há diferentes divisões no que diz respeito ao financiamento do sistema (recursos federais, estaduais e municipais) e, infelizmente, não há uma unificação entre os dados e histórico do paciente entre as redes pública e privada. Em termos práticos, um paciente que sempre teve plano de saúde e na vida adulta precisa utilizar um serviço do SUS não terá seu histórico de saúde completo acessível para os novos profissionais que irão atendê-lo. O mesmo acontece com o paciente que utilizou sempre os serviços do SUS e em determinado momento tem a oportunidade de acessar o serviço na rede particular: a menos que ele mesmo leve suas informações, não haverá nenhuma informação sobre seu estado de saúde ao longo da vida.
O histórico de saúde unificado já chegou a ser debatido por diversas vezes, contudo é uma prática complexa e que, por si só, não resolveria o problema da saúde no Brasil, apesar de melhorar a rotina de gestores e trabalhadores de ambos os sistemas: público e privado.
Além do sistema público de saúde, SUS, e da rede privada, distribuída entre operadoras de saúde e atendimento particular contratado sem intermediários, há, ainda, o acesso por meio das instituições filantrópicas. As instituições filantrópicas de saúde no Brasil emergiram no período anterior à criação do SUS, quando para ter acesso a um serviço de saúde um pouco mais acessível era necessário estar vinculado a alguma instituição e ser contribuinte da previdência. Esse trabalhador contribuinte era inscrito no Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência, o INAMPS, e, ao contrário do trabalhador informal, podia ter acesso a alguns serviços de saúde. O acesso à saúde, nessa época, também podia ser via conselhos profissionais, mantidos por algumas categorias profissionais com maiores recursos, ou pela contratação particular. À população que não tinha condições financeiras para o atendimento particular, não pertencia a nenhuma categoria profissional com programa de saúde próprio, e não trabalhava com carteira assinada para estar inscrita no INAMPS, restava recorrer às instituições de saúde filantrópicas, muitas delas ligadas a entidades religiosas.
As instituições filantrópicas de saúde exerceram, e ainda exercem, um importante papel na facilitação do acesso à saúde no Brasil. Mesmo com o surgimento do SUS e o crescimento das operadoras de saúde, as instituições de saúde filantrópicas ajudam a garantir atendimento para milhares de brasileiros, sendo, inclusive apoiadas e parceiras do SUS.
A saúde no Brasil piorou?
Nos últimos dois anos milhares de pessoas perderam o convênio médico e passaram a recorrer ao SUS para cuidar da saúde. De acordo com a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), nos últimos cinco anos foram 3,4 milhões.
Apesar de outras soluções terem surgido nesse meio tempo, como clínicas de saúde com preços populares e seguros acessíveis com consultas por telemedicina, nenhuma dessas soluções contempla o acesso a cirurgias. Para procedimentos e cirurgias, o SUS pode exigir o encaminhamento de um médico do próprio sistema para controle e justificativa do pedido.
Como não há unificação de dados entre a rede pública e privada, conforme já explicado nesse artigo um pouco mais acima, mesmo que o paciente já tenha o diagnóstico e queira realizar o tratamento pelo SUS, ele deverá retroceder algumas etapas ao levar o caso para o sistema público de saúde.
Qual as alternativas para quem não quer esperar pelo Sistema público de saúde?
- Atendimento na rede particular com contratação direta e sem intermediários.
- Instituições de saúde filantrópicas
- Instituições particulares vinculadas aos conselhos profissionais (planos de saúde próprios e acessíveis apenas à algumas categorias)
- Atendimento em clínicas populares com valores de atendimento acessíveis (essas instituições são particulares, portanto em muitas regiões do país o acesso não é possível)
- Acesso via seguros com opção de atendimento via telemedicina (geralmente o serviço de médico na tela é ofertado como um benefício adicional do seguro, o que torna a assinatura mais acessível em comparação ao plano de saúde convencional.
Como ter acesso às cirurgias sem plano de saúde?
Para quem não tem plano de saúde e não pode ou não quer esperar pelo SUS, a alternativa é a contratação do procedimento diretamente na rede particular. Se você pretende realizar uma cirurgia particular, clique aqui e conheça a oportunidade que a SYN tem para você. A plataforma oferece orçamento único, mais previsível e acessível, além da possibilidade de financiar, parcelar ou refinanciar a sua cirurgia. Para saber mais, clique aqui!