Envelhecimento da população brasileira: impactos e desafios para a saúde

Um recente estudo realizado pela Universidade de Harvard, divulgado em uma matéria da BBC, apontou que a pandemia da Covid-19 reduziu em cerca de dois anos a expectativa de vida em nosso país. Apesar disso, o envelhecimento da população brasileira segue sendo uma realidade.

A população idosa brasileira está crescendo, muito por conta do desenvolvimento da medicina e o surgimento de novos medicamentos e tecnologias.

A própria vacina contra a Covid-19 pode fazer com que as pessoas vivam mais. Quando todos já estiverem devidamente vacinados e tivermos atingido a imunidade de rebanho, assim como já ocorre com outras doenças, o número de mortos pelo novo coronavírus deve reduzir significativamente.

Ser velho no Brasil, no entanto, é sempre bastante desafiador e é preciso que sejam tomadas medidas para reduzir os impactos do envelhecimento da população brasileira.

Para saber mais sobre esse tema tão interessante, siga a leitura!

Projeções do envelhecimento da população brasileira

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de pessoas com mais de 65 anos passará dos atuais 9,2% para 25,5%, em 2060.

Isso quer dizer que 1 em cada 4 brasileiras será idoso. O crescimento já deve começar a ser observado nos próximos anos.

A estimativa é que, em 2034, os idosos sejam 15% da população brasileira. Em 2046, por sua vez, ultrapassará a barreira dos 20% pela primeira vez.

O estudo realizado pelo IBGE também demonstrou que, em 2039, o número de idosos com 65 anos já será maior que o de crianças com até 14 anos.

É interessante também observar a idade mediana brasileira, ou seja, aquela que representa a metade da vida. Esse número atualmente é 32 anos e 6 meses.

Em 2037, de acordo com o IBGE, a idade mediana brasileira já estará acima dos 40 anos.

As informações levantadas pelo IBGE foram retiradas de uma publicação do portal G1.

Desafios trazidos por esse fenômeno

O envelhecimento da população brasileira é um fenômeno que traz muitos desafios que devemos superar enquanto sociedade. Alguns dos principais deles são os relacionados na sequência. Veja!

Atendimento de saúde deficitário

Geralmente, as pessoas idosas costumam precisar mais de atendimento médico que os jovens, por conta das doenças e comorbidades que surgem com o avançar da idade.

Apesar disso, a infraestrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) não é suficiente para atender a todas as demandas da população.

Os planos de saúde, por sua vez, cobram mensalidades altíssimas e que não cabem no bolso da maioria dos idosos, principalmente os mais pobres. Por isso, o atendimento de saúde acaba sendo deficitário.

Uso do transporte público

O envelhecimento da população brasileira também traz impactos no uso do transporte público. Isso porque, apesar de terem direito à gratuidade nas passagens, por exemplo, nem sempre os idosos são respeitados em ônibus e trens. 

Nem sempre o motorista e os cobradores dão a atenção necessária aos idosos. A própria população desrespeita regras, sentando em assentos preferenciais e deixando os mais velhos em pé, por exemplo.

Quebra da Previdência Social

Muitos especialistas em economia acreditam que a Previdência Social, órgão responsável pelo pagamento das aposentadorias da população idosa, deve quebrar nos próximos anos.

A explicação para esse problema causado pelo envelhecimento da população brasileira está embasada em uma matemática simples. Os trabalhadores de hoje pagam impostos que são usados para pagar as aposentadorias de quem já contribui com a sociedade.

Porém, com o envelhecimento da população, no futuro, estima-se que o número de aposentados se equipará ao de trabalhadores que recolhem valores para a Previdência. A conta não fecha e os governos terão muita dificuldade para fazer os pagamentos.

Soluções para reduzir o impacto do envelhecimento da população brasileira

Para solucionar os problemas gerados pelo envelhecimento da população brasileira, é preciso que os cidadãos, governos, universidades, pesquisadores, entre outros agentes busquem soluções eficientes para essas questões.

Confira, a seguir, algumas medidas que podem ajudar na solução dos problemas anteriormente citados.

Medicina preventiva

A medicina preventiva é uma alternativa para contornar o surgimento de doenças na terceira idade.

É muito importante que os jovens cuidem de sua saúde desde cedo, indo sempre ao médico e fazendo exames preventivos anualmente. Isso permite que as doenças sejam identificadas no início e rapidamente tratadas.

É importante buscar meios para sempre realizar consultas, procedimentos e cirurgias necessárias, sem que isso se torne um rombo financeiro para o cidadão. 

Planejamento das cidades

No que se refere ao transporte público, é importante que as prefeituras e demais entidades envolvidas busquem meios para planejar melhor a infraestrutura das cidades.

Em entrevista ao portal Archtrends, o presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura do Rio de Janeiro (AsBEA-RJ), Celso Royal, declarou que as cidades jogaram a pobreza para fora de seus limites e isso acabou não gerando densidade suficiente para os transportes.

O especialista em planejamento urbano acredita que essa questão precisa ser revista urgentemente, para que todos, incluindo os idosos, possam se locomover com qualidade.

Educação financeira

Para resolver a questão de uma possível quebra da Previdência Social, é importante investir na educação financeira dos cidadãos. 

Fazer investimentos ou contratar uma Previdência Privada, por exemplo, é uma boa alternativa para não depender da aposentadoria do governo no futuro.

O brasileiro deve ter uma educação financeira adequada, para que não faça dívidas e aprenda a poupar e investir enquanto jovem, para ter mais qualidade de vida na velhice.

O envelhecimento da população brasileira é uma realidade e nós, enquanto sociedade, devemos buscar meios para reduzir os impactos que esse fenômeno traz. Afinal, os idosos do futuro somos nós mesmos e é  a nossa saúde e bem-estar que estão em jogo.

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